Treinamento funcional para corredores – Prepare-se e Evite lesões!
Por mais experiente que seja, lesões e desconfortos estarão presentes na vida de um corredor. A boa notícia é que estas lesões podem ser evitadas com um bom trabalho de fortalecimento muscular específico para a modalidade e prescrito de acordo com a necessidade do corredor. Estamos falando do Treinamento Funcional e, neste texto, serão abordadas as diferenças entre ele e a Musculação, algumas características deste método de treinamento, quais as principais regiões do corpo humano trabalhadas nele e a principal maneira que as lesões são prevenidas pelos exercícios funcionais.
O Treinamento Funcional não pode ser uma aula coletiva, pois os objetivos devem ser voltados para as necessidades individuais do atleta. Da mesma forma que uma planilha de corrida é diferente de um atleta para outro, a ficha de exercícios de um treino funcional deve apresentar esta mesma característica.
Outra característica importante dos exercícios funcionais é que eles devem ser específicos para a modalidade. Numa correta prescrição de Treinamento Funcional, o corredor fará os exercícios de acordo com a sua necessidade particular e específicos para a Corrida de Rua (os exercícios educativos são ótimos para serem incluídos numa sessão de treino)
Além de individual e específico, os treinos funcionais são caracterizados por serem versáteis, com uma grande variabilidade de exercícios nas aulas para evitar a monotonia que pode desmotivar o corredor e realizados de maneira progressiva para que um movimento seja aprendido da maneira mais fácil até que o praticante chegue a níveis mais difíceis de execução.
Uma vez que as características foram vistas, será falado da principal parte do corpo que o Treinamento Funcional tem como foco: a região do CORE, localizada na região central do corpo humano (compostas pelas articulações da coluna vertebral e da escápula e da cintura pélvica), bem próximo do Centro de Gravidade.
Uma vez que o desenvolvimento da força tem a característica “próximo-distal” (ou seja, inicia-se no centro do corpo e se expande para os músculos das extremidades), torna-se de extrema importância o fortalecimento da região do CORE, oferecendo eficiência e estabilidade para que ocorra uma perfeita movimentação do corpo e facilite a transferência de energia entre os membros superiores e inferiores. Treinamento funcional para corredores
De acordo com a tabela, sempre haverá alternância entre as articulações de Mobilidade e de Estabilidade.
Outro fator interessante é que as lesões surgem a partir do momento que uma determinada articulação realiza uma função que não é a dela, gerando a alteração de todas as articulações acima e abaixo dela, que também passam também a realizar as funções incorretas.
Um exemplo disso são as dores no Joelho de um corredor de rua: devido à falta de mobilidade do Quadril e/ou do Tornozelo nos treinos, o Joelho é “obrigado” a realizar a função de mobilidade (lembrando que a função original dele é de estabilidade) na movimentação, tendo a lesão dele como consequência.
Para prevenir e corrigir a lesão, nada melhor do que os exercícios funcionais para trabalhar a mobilidade do Quadril e do Tornozelo, permitindo que o Joelho retorne à função de Estabilidade do movimento.
Além da prevenção de lesões, as funções de Estabilidade e Mobilidade realizadas por cada uma das articulações, a melhora de performance também ocorre quando cada uma destas articulações realizam corretamente as funções que foram determinadas a elas e o treinamento Funcional auxilia na evolução do desempenho do corredor na execução de movimentos destinados especificamente a cada articulação.
Embora o conteúdo de Treinamento Funcional apresenta muitos conceitos e informações, o objetivo deste texto foi apenas mostrar a importância deste método de treinamento, de alguns conceitos que são aplicados nele para que lesões sejam evitadas e, até mesmo, para o corredor melhorar a performance dele nos treinos e nas provas.
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